Empreendedores que possuem negócios de menor porte precisam conhecer a importância de separar as finanças empresariais das finanças pessoais. Afinal, algumas pessoas têm dificuldades em fazer essa distinção financeira, o que pode prejudicar os negócios.
Nesse sentido, é preciso lembrar que seus gastos pessoais são diferentes das contas da empresa. Dessa forma, você deve entender como ter um salário para pagar seus custos mensais, enquanto mantém um fluxo de caixa específico para a organização.
Pensando nisso, este artigo ajudará você a entender por que é essencial separar as finanças pessoais das empresariais — e como adotar esse hábito a partir de agora. Vamos lá?
O que são finanças pessoais?
Antes de conhecer a importância de separar as finanças pessoais e empresariais, é preciso definir alguns conceitos. No caso das finanças pessoais, o termo abrange todas as atividades relacionadas ao dinheiro e às decisões financeiras de uma pessoa ou família.
Logo, o conceito está relacionado ao orçamento doméstico, investimentos, planejamento de gastos, uso de crédito, organização para aposentadoria, entre outras questões.
Outros fatores que fazem parte dessa definição são o planejamento tributário pessoal, educação financeira e relacionamento com instituições financeiras. Por isso, as finanças pessoais ajudam a gerenciar melhor seus recursos e alcançar os seus objetivos financeiros.
O que são finanças empresariais?
Já as finanças empresariais abrangem todos os processos que direcionam a destinação do dinheiro da empresa. Ao considerar esse conceito, o empreendedor deverá buscar a otimização de seus investimentos, de forma que a empresa possa aumentar sua rentabilidade.
Na prática, é preciso analisar o orçamento para avaliar de que forma o capital deve ser distribuído na organização, visando mantê-la funcionando. Por exemplo, é necessário identificar quais gastos podem ser reduzidos para aumentar o lucro.
Outro fator considerado é a forma de obter capital, que pode ser pela prestação de serviços, empréstimos bancários etc. As finanças empresariais também envolvem qual é o destino dos lucros, com o propósito de aumentar o patrimônio da companhia.
Assim, quando o gestor se preocupa com as finanças da companhia e planeja o uso do dinheiro, o empreendimento poderá caminhar para um maior destaque no mercado.
Por que é importante separar as finanças pessoais das empresariais?
Agora que você sabe o que são finanças pessoais e empresariais, fica mais fácil compreender por que é essencial separá-las. Primeiramente, o funcionamento de um negócio — seja ele uma micro, pequena, média ou grande empresa — envolve diversos gastos, como compra de matéria-prima, folhas de pagamento, estrutura, entre outros.
Contudo, se as contas bancárias da companhia forem usadas para pagar despesas pessoais, podem surgir diversos problemas financeiros. Um deles é o próprio descontrole em relação ao orçamento — o que pode resultar em gastos elevados e dificilmente identificados.
Também fica mais difícil analisar o desempenho do negócio. Sem um controle efetivo e a separação das contas, ainda podem surgir problemas de ordem pessoal. Afinal, com as contas misturadas, você não poderá identificar qual é o lucro atual do negócio.
Outra dificuldade é perceber se houve novos aportes com o seu próprio capital. Ou seja, talvez você esteja pagando contas empresariais com seu orçamento pessoal sem perceber. Logo, a divisão das finanças é primordial para a correta gestão financeira pessoal e empresarial.
Sem esse hábito, se torna cada vez mais inviável identificar seus gastos, prejuízos, rendimentos, lucros e situações de alerta. Consequentemente, a conquista das suas metas — pessoais e empresariais — pode se tornar mais distante.
Quais são os riscos de não separá-las?
Após conhecer a importância de separar as finanças pessoais das empresariais, é hora de entender os riscos de ignorar essa tarefa. Em primeiro lugar, é preciso considerar que a empresa não deve ser vista como fonte de rendimento direto.
Isso porque utilizar parte dos rendimentos do negócio para pagar contas pessoais pode prejudicar os compromissos mais básicos, como o pagamento de salário dos fornecedores e colaboradores. A prática também pode levar a necessidade de contratar empréstimos bancários com juros elevados, resultando em dívidas.
Outra possível consequência da falta de controle financeiro são problemas jurídicos. O motivo é que a prática pode configurar o descontrole patrimonial, que pode levar à desconsideração da personalidade jurídica do negócio.
Nessas situações, diante de ações judiciais, há riscos de que o empreendedor seja obrigado a pagar as dívidas da empresa com o seu patrimônio pessoal.
Como separar as finanças pessoais das empresariais?
Além de entender por que separar as finanças pessoais das empresariais, você precisa saber como alcançar esse objetivo na prática. Confira as principais dicas para se organizar:
Defina um planejamento financeiro pessoal
O planejamento financeiro pessoal relaciona seus gastos e despesas mensais e ajuda a estabelecer o melhor padrão de vida para a sua realidade atual. Para isso, liste todos os seus custos e calcule o quanto você precisa receber para arcar com eles.
Em alguns casos, é possível buscar formas de reduzir despesas para otimizar o orçamento. Além disso, mesmo que não haja um valor certo de recebimentos da empresa, é necessário definir um salário mensal.
Lembre-se de que, independentemente do porte do seu empreendimento, a renda obtida com ele não deve ser direcionada apenas para o seu salário. Afinal, a organização precisa se manter no longo prazo e possui uma série de obrigações financeiras.
Tenha um planejamento financeiro empresarial
Embora o planejamento financeiro empresarial seja similar ao pessoal, aqui você deverá adaptar os custos e rendimentos conforme a sua empresa. Também é preciso ter maior atenção com o controle de determinadas situações.
Contratos ativos com pagamento pendente, por exemplo, devem ser acompanhados com atenção. Em casos de atrasos, é necessário adotar práticas de cobrança. Ademais, é preciso ter previsibilidade sobre entradas e saídas, de modo a antecipar eventuais problemas com o caixa.
O objetivo é permitir que o empreendimento possa ter um orçamento e verificar se as finanças estão alinhadas. Se algum gargalo for identificado, vale reavaliar as estratégias para solucionar os problemas.
Mantenha contas bancárias separadas
Os microempreendedores individuais podem usar a própria conta de pessoa física para receber os valores referentes à empresa. Contudo, mesmo nesses casos, é fundamental ter contas separadas.
Afinal, como você viu, o controle financeiro fica mais difícil ao utilizar uma única conta bancária. Logo, há riscos de cometer erros na gestão.
Lembre-se de que o planejamento envolve anotar as entradas e saídas da conta, identificar os pagamentos pendentes e conferir o saldo. Assim, sem a divisão de contas, essa tarefa fica mais complicada. Por consequência, o risco de que os valores sejam usados de maneira inadequada se torna muito maior.
Agora você já sabe qual a importância de separar as finanças empresariais do fluxo pessoal. O processo é relevante para manter a saúde financeira do negócio — e das suas próprias finanças. Portanto, não deixe que os recursos se misturem para evitar prejudicar sua vida pessoal e profissional.
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