Depois de recebermos alguns e-mails com dúvidas dos leitores do blog, um assunto recorrente tem nos chamado a atenção: o pró-labore.

Alguns empreendedores não sabem o que ele é exatamente – e os que sabem, por julgarem que estariam tirando um dinheiro importante do caixa da empresa, decidiram por não definir um pró-labore.

Por isso resolvemos escrever um artigo só para falar sobre o pró-labore, porque ele é importante e como defini-lo na sua empresa. Vamos lá?

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O que é pró-labore?

Nas pequenas e médias empresas os sócios podem retirar dinheiro de duas maneiras: com o pró-labore e com a divisão de lucros. Não confunda pró-labore com divisão de lucros!

Pró-labore significa “pelo trabalho” em latim. Ele é a remuneração que o sócio recebe pelo trabalho executado dentro da empresa.

Se o sócio não desempenha nenhuma função dentro da empresa, ele não deve receber o pró-labore, apenas o que lhe cabe na divisão de lucros.

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A Divisão de lucros é o que sobra depois de todos os custos, despesas e impostos serem pagos e geralmente é feita no fim de períodos maiores, como um semestre ou um ano.

Se a empresa tiver prejuízo, não é permitido dividir lucros antes que as dívidas sejam saldadas.

Empresas em crescimento também não costumam distribuir dividendos, porque elas reinvestem os lucros na ampliação do negócio.

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Por que é importante definir um pró-labore?

Os motivos para a importância do pró-labore são muitos, mas se eu pudesse resumir em uma resposta, seria: para não enganar sua empresa.

Quando os sócios não definem um pró-labore, a empresa é enganada pela “falta de custos” nos projetos em que eles participam, ou seja: se você trabalhou em um determinado projeto ou desempenhou qualquer papel dentro da empresa você também é um custo.

Já perdi a conta de quantas vezes ouvi a frase: “Eu não tenho salário. Faço retirada quando dá, quando não dá não recebo nada”.

Ignorar este custo e retirar o dinheiro quando dá causa uma bagunça danada nas contas, especialmente na hora de avaliar o quanto deve cobrar por seus produtos e serviços.

Isso é um erro comum cometidos pelos empreendedores!

Lembre-se: se um sócio desempenha uma função dentro da empresa, seja administrando ou atuando nos projetos, ele deve considerar o valor do seu trabalho na hora de contabilizar os custos.

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Vamos a um exemplo:

Imagine uma empresa que faça estruturas em concreto. Esta empresa tem dois sócios: o Luiz e o Alberto.

O Luiz apenas acompanha o negócio de longe, pois investe regularmente na empresa mas não trabalha nela. O Alberto, além de ser sócio, é também o engenheiro responsável por projetar as estruturas.

Apesar de trabalhar no projeto, o Alberto diz: “Eu não tenho salário. Faço retirada quando dá, quando não dá não recebo nada”.

Muito bem, já que o Alberto não tem salário, então, um orçamento de uma obra feita por esta empresa poderia ser parecido com este:

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| Estruturas em Concreto Ltda.                                  Orçamento nº 000078 |
|                                                                                   |
|                                                                                   |
|                                                                                   |
| Materia prima (concreto).............................................R$ 10.000,00 |
|                                                                                   |
| Profissionais de produção............................................R$ 5.000,00  |
|                                                                                   |
| Projetista (Engenheiro)..............................................R$ 0,00      |
|                                                                                   |
|___________________________________________________________________________________|
| Subtotal.............................................................R$ 15.000,00 |
|                                                                                   |
| Impostos.............................................................R$ 1.200,00  |
|___________________________________________________________________________________|
|                                                                                   |
|                                                                                   |
| Total do Projeto.................................................... R$ 16.200,00 |
|                                                                                   |
 -----------------------------------------------------------------------------------

Para ter lucro com o projeto, Alberto coloca uma “gordura” em cada item. O esperado é que, se tudo correr bem, os custos estarão dentro do previsto.

Note que, neste orçamento, o projetista custará R$ 0,00, já que o Alberto não contabiliza o próprio salário.

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A vida real

Depois de realizar o projeto e fazer a contabilidade dos custos do projeto, Alberto teve a seguinte informação:

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Contabilidade dos custos do Projeto 000078

Custos
Matéria Prima..................................................R$ 8.997,50
Salário João (produção)........................................R$ 2000,00
Salário José (produção)........................................R$ 2000,00
Salário Alberto (projeto)......................................R$ 0,00

Despesas
Transporte.....................................................R$ 500,00
Despesas administrativas.......................................R$ 800,00
__________________________________________________________________________________
                                                     Subtotal: R$ 14.297,50
                                                     Impostos: R$ 1200,00
__________________________________________________________________________________
                                       Custo total do projeto: R$ 15.497,50

-------------------------------------------------------------------------------------

Bem, se a Estruturas em Concreto Ltda cobrou R$16.200,00 e o total de custos foi R$15.497,50, então:

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Valor do projeto:         R$ 16.200,00
Custo total do projeto: - R$ 15.497,50
________________________________________
Resultado do projeto:     R$ 702,50
----------------------------------------

R$ 702,50 é o lucro que sobrou para Alberto, certo?

Errado! Mesmo Alberto tendo trabalhado no projeto, este é o dinheiro que sobrou para a Estruturas em Concreto Ltda reinvestir na empresa e dividir entre os seus 2 sócios.

Xiiii, mas aí não vai sobrar quase nada!“, você poderia dizer.
Pois é, não vai sobrar quase nada. Mas poderia ser pior.

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Em um cenário pessimista

Imagine se Alberto, o sócio, ficasse doente e a Estruturas em Concreto Ltda precisasse contratar às pressas um engenheiro projetista, com salário de mercado de R$ 5000,00.

-------------------------------------------------------------------------------------

Contabilidade dos custos do Projeto 000078

Custos
Matéria Prima..................................................R$ 8.997,50
Salário João (produção)........................................R$ 2000,00
Salário José (produção)........................................R$ 2000,00
Salário Engenheiro Freelancer (projeto)........................R$ 5.000,00

Despesas
Transporte.....................................................R$ 500,00
Despesas administrativas.......................................R$ 800,00
__________________________________________________________________________________
                                                     Subtotal: R$ 19.297,50
                                                     Impostos: R$ 1200,00
__________________________________________________________________________________
                                       Custo total do projeto: R$ 21.497,50

-------------------------------------------------------------------------------------

Bem, se a Estruturas em Concreto Ltda cobrou R$16.200,00 e o total de custos foi R$21.497,50, então:

----------------------------------------
Valor do projeto:         R$ 16.200,00
Custo total do projeto: - R$ 21.497,50
________________________________________
Resultado do projeto:   - R$ 4.297,50
----------------------------------------

O resultado seria um prejuízo de R$ 4297,50 para o projeto e, se a empresa não tiver um fluxo de caixa saudável para arcar com isso, pode ser o princípio do fim (se este é o seu caso, vale a pena ler nosso post com 10 dicas para organizar o seu fluxo de caixa).

Se a Estruturas em Concreto Ltda tivesse um pró-labore definido para o Alberto, este custo já estaria incluído no orçamento do projeto e essa eventualidade não traria problemas.

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Como definir um pró-labore?

Você pode começar seguindo estes 4 passos:

  1. Defina quais são as atividades que o sócio realiza na empresa;
  2. Faça uma pesquisa para saber qual é a média de salário de um profissional que realize as mesmas atividades do sócio;
  3. Defina o valor do pró-labore do sócio baseado na média de salário do mercado;
  4. Considere pagar este valor todo mês, como um salário de outro funcionário qualquer.

O assunto é sério. Sem um pró-labore definido pode ser impossível saber os custos reais da empresa e consequentemente se ela teve lucro ou prejuízo.

Por isso, sócio, pare de se arriscar e defina um pró-labore agora!


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54 comentários para “Pró-labore: o salário do sócio”

  1. luan melo

    Obrigado! Me ajudou muito no plano de negócio que estou fazendo na faculdade. O professor me orientou a não definir pró labore, pois segundo ele os sócios ficam acomodados quando ganham mesmo se a empresa for mal naquele período. Agora com este post, tenho argumentos para justificar o fato de eu ter definido o pró labore da empresa.

    Responder
    • Alexandre Ferreira

      Olá Luan

      Que bom que nosso post ajudou na definição do seu plano de negócio! Deu para ver como é importante considerar o custo dos sócios dentro da empresa, certo?

      Um abraço

      Responder
  2. Maria

    E no caso daquele sócio folgado que trabalha poucas horas no dia, é legal que seja descontado dele no seu pró-labore?

    Responder
    • Alexandre Ferreira

      Olá Maria

      Esta é uma situação delicada. Como o próprio texto diz: “Os detalhes são definidos através do contrato social e podem ser ajustados em um acordo comum entre os sócios”.

      Abraço

      Responder
  3. KENYA

    Bom dia Colegas!

    Estou com uma dúvida: Tenho uma empresa Simples a qual os sócios se aposentaram, no entanto, não querem mais pagar o INSS na Retirada de Pró-Labore, como faço isso? é possível formatar uma clausula cancelando esse INSS?

    Desde ja agradeço.

    Responder
  4. ana paula

    Olá,
    Adorei o blog e estou aprendendo muito.sou veterinaria e possou uma clinica que funciona no primeiro andar de minha casa, por isso fica dificil separar o que é da clinica e o que é meu.Trbalaho sozinha e nao tenho sócios , como faço para separar o dinheiro da clinica(para pagamento de fornecedores, impostos, e outras contas ) do meu dinheiro pessoal?È realmente necessário ter uma conta de PJ e outra de PF?

    Att
    Ana Paula

    Responder
    • Granatum

      Oi, Ana Paula. A melhor situação é ter a separação das contas bancárias de PF e PJ. Quando você não separa o seu dinheiro do dinheiro da empresa, não consegue saber se ela está tendo lucro ou prejuízo.

      Mas eu sei que nem sempre a empresa tem dinheiro em caixa para arcar com os compromissos e, por outro lado, às vezes há contas pessoais que precisam ser pagas o quanto antes. É nesses casos que a gente acaba misturando tudo… daí fica uma confusão danada.

      Minha sugestão é: se você precisar de usar dinheiro pessoal para pagar alguma conta da empresa, faça um “empréstimo” da sua conta PF para sua conta PJ e registre essa entrada. Em algum tempo, você terá que devolver esse dinheiro para equilibrar sua conta pessoal. Vá fazendo esse controle e, aos poucos, verá sua empresa se organizar.

      Você pode fazer esse controle pelo Excel mesmo. Ou se preferir, pode usar um software online. Eu sugiro o Granatum (www.granatum.com.br). É bem simples de usar e já tem relatórios prontos.

      Espero ter ajudado. Um abraço!

      Responder
  5. José

    Boa tarde,tenho uma empresa com 4 sócios,todos trabalhavam com um pro-labore de 800,00,porem no final do mês a retirada ficava sempre em 3,500,00 a 4.000,00 no mês,porem decidi trabalhar em outra empresa e deixei a nossa empresa porem continuo com meus 25%.
    como faço pra receber esses 25% ,qual a melhor maneira de resolver este problema.
    Desde ja agradeço pela Ajuda.

    Responder
    • Alexandre Ferreira

      Olá José

      É importante lembrar que, mesmo não trabalhando na empresa, como sócio você tem direitos como: participação nos lucros, informação sobre o andamento da empresa e outros direitos definidos no contrato social.

      Mas também tem obrigações. Entre elas a participação nas perdas da empresa.

      Fique atento.

      Responder
  6. Arlinda Rodrigues

    Gostei do blog. O assunto é interessante e pouco observado pelo sócios, principalmente de pequenas empresas. Além do INSS também teremos a incidência do IR de acordo com a tabela, certo?

    Responder
    • Alexandre Ferreira

      Olá Arlinda.

      Sim, além do INSS haverá o desconto do IR, conforme a tabela, podendo chegar aos 27,5%.

      Abraço

      Responder
  7. Arnaldo

    Ler todos esses comentários , acrescentaram muito nos pequenos conhecimentos que tenho com relação ao pró-labore…Agradeço a todos que participaram até aqui.

    Responder
  8. Adilson

    A Academia Brasileira d Letras, responsável oficial pelo VOLP Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa registra:
    pró-labore s.m.; aport. do lat. pro labore

    Responder
  9. João Pereira

    Olá. Ficou muito claro a importância da definição do Pró-labore, mesmo que para uma empresa que esteja iniciando e, talvez, não tenha receita suficiente para cobrir todas as despesas.

    Minha dúvida é o seguinte: é possível postergar o pagamento do Pró-labore para os sócios, caso o lucro não seja suficiente para cobrir este pagamento ? Se isso for possível, existe um limite de valor/tempo para quitar esta dívida?

    Obrigado.

    Responder
    • Flavio Logullo

      Olá João, como vai?

      Muito obrigado por acompanhar nosso blog e enviar seu comentário.

      Antes de responder sua pergunta gostaria de acender um sinal de alerta: Se o lucro não é suficiente para cobrir este pagamento, algo está errado!

      Vale muito a pena rever todos os custos e, caso seja necessário, ajustar seu preço de venda.

      Estratégia
      Respondendo a sua pergunta, se você e seus sócios acordarem que não receberão salário por um determinado período, tudo bem. Desde que esta seja uma decisão onde os riscos envolvidos estejam claros para todos.

      Não existe uma regra ou uma boa prática onde se possa definir com certeza um tempo/valor limite para esta estratégia.

      Acredito que você pode fazer um exercício com os seus sócios para responder as seguintes perguntas:

      – Quanto estamos dispostos a investir?
      – Quanto tempo temos para investir?
      – Qual retorno financeiro esperamos com este investimento?

      Mesmo que vocês trabalhem para reinvestir todo o dinheiro recebido, vocês devem estar conscientes desta decisão.

      DICA
      Vocês podem fazer o Fluxo de Caixa projetado da sua empresa. A ferramenta de fluxo de caixa é excelente para que você e seus sócios possam responder a perguntas sobre o futuro da sua empresa. Ele traz uma visão detalhada da relação TEMPO x DINHEIRO e pode trazer várias respostas para vocês.

      Nós temos uma ferramenta onde você pode registrar suas previsões de gastos e de ganhos e ele gera relatórios bem simples, entre eles o fluxo de caixa. Você pode se cadastrar em http://www.granatum.com.br e experimentar gratuitamente por 15 dias.

      Espero ter ajudado.

      Um grande abraço e bons negócios.

      Responder
  10. Viviane

    Tenho uma dúvida: tenho uma empresa onde os funcionários recebem como salário 50% de sua produção e meu sócio recebe salário pela atividade já que atua como os outros funcionários(cabeleireiro). Sendo assim, acordamos que ele teria um pro labore, que nem de longe se parece com o que receberia se também tivesse direito aos 50%, e mais 2,5% do faturamento total da empresa. Essa soma (2,5% + pro labore), hoje com a empresa tendo um crescimento estável, representa em torno de 26% de sua produção e ele se acha injustiçado, mas meu ponto de vista é que se pagarmos SOMENTE os 50% baseados na propria produção dele, iremos onerar os custos, além disso caracterizar um salário de funcionário e não de sócio. Vale lembrar que a produção dele é a maior entre todos os funcionários. Combinamos que assim que houvesse divisão de lucros ele receberia somente pela atividade e pela divisão. Eu trabalho la e só recebo pro labore. Vê algum problema em toda essa situação? Estou sendo injusta?

    Responder
    • Flavio Logullo

      Olá Viviane, como vai?

      Esta é uma questão bem particular mas darei meu ponto de vista.

      Vamos antes de mais nada lembrar que o pró-labore é o salário do sócio que trabalha na empresa e, sendo assim, o pró-labore pode variar entre os sócios assim como os salários podem variar entre os funcionários.

      Por exemplo, se um sócio atua em um cargo onde a média salárial seja R$1.000,00 e outro sócio atua onde a média salarial seja R$2.000,00, o pró-labore deveria respeitar este mesmo critério.

      Por que?

      Pense assim, se o sócio que recebe R$2.000,00 ficar impossibilitado de executar suas tarefas de funcionário por 1 ano, você não teria que contratar outro para substituí-lo? E este outro funcionário não ganharia a média salarial de mercado?

      Se o custo de um sócio é maior do que de outro, o ideal é que sua empresa considere os custos reais em seu valor de venda. É sempre bom evitar surpresas.

      Esta é minha dica para sua gestão não correr riscos.

      O ACORDO

      Sabendo dos riscos que sua empresa pode correr ao desconsiderar os custos reais, um acordo entre os sócios pode definir regras diferenciadas para o pró-labore, por um período. Isso pode fazer parte de uma estratégia definida por vocês.

      Mas esta estratégia deve ser bem definida e deve estar clara entre todos os envolvidos.

      Uma boa conversa, transparente, e com pés no chão, é sempre o melhor caminho.

      Espero ter ajudado.

      Um grande abraço e bons negócios!

      Responder
  11. Dangelo

    Ola, Bom dia

    No caso de uma empresa para representação comercial com participação de 2 sócios onde 1 não exerça atividade na empresa, esta pessoa não e necessário retirar o pro labore ?

    Responder
    • Granatum

      Olá Dangelo,

      O Pró-labore representa o salário do sócio, então se o sócio não exerce nenhuma atividade, o mais indicado é que este sócio não receba o pró-labore, somente a participação nos lucros.

      Obrigado por enviar seu comentário!

      Um grande abraço e bons negócios.

      Responder
  12. André

    Primeiramente foi muito alto didático esse artigo de suma importância!
    Estou abrindo uma empresa com 4 sócios e vamos definir esta semana o Pró-Labore. Caso a empresa não venha a ter lucro no mês? O que fazer?

    Responder
    • Granatum

      Olá André, como vai?

      Parabéns pela iniciativa. Definir o pró-labore dos sócios é uma ação importante para a empresa começar a ter o controle financeiro.

      Sobre a falta de lucro, é importante que sua empresa tenha recursos para enfrentar períodos de dificuldade, mas vale lembrar que esse “fundo” não tem a ver só com o pró-labore.

      Pense no pró-labore como um salário. É um compromisso assumido e também deverá ser honrado como todos os outros.

      Com isso em mente, gostaria de repassar uma pergunta: Se sua empresa não tiver lucro, você deixará de pagar seus funcionários?
      O pensamento deve ser o mesmo com o compromisso do pró-labore.

      Um erro comum
      Entendo sua pergunta. O primeiro pensamento que vem na cabeça de nós empreendedores é: “Posso não receber meu salário este mês. Recupero depois.”.

      Claro que você pode abrir mão de receber um salário, mas isso deve ser feito de forma muito bem planejada e consciente, senão pode virar um problemão, não só para a sua empresa como para a sua vida.

      Para concluir
      Faça um planejamento financeiro que considere principalmente os seus custos fixos, ou seja, aqueles que irão acontecer mesmo se você não vender nada. Ex: Pró-labore, Salário, aluguel, contas de água e luz, internet, contabilidade, etc.

      Ter uma ferramenta como o Granatum, pode ser uma mão na roda para facilitar este planejamento do fluxo de caixa.

      Espero ter ajudado.

      Um grande abraço e bons negócios!

      Responder
  13. Sheldonn Borges

    A contribuição previdenciária de 11% sobre a retirada de pro labore é limitada ao teto da tabela, ou é 11% sobre qualquer valor?? EX: numa retirada de R$ 5.000,00 o INSS a ser recolhido é de 457,49 (teto) ou 550,00 (5000 x 11%) ????

    Responder
    • Granatum

      Olá Sheldonn, o INSS a ser recolhido também é limitado pelo teto.

      Muito obrigado por acompanhar nosso blog e enviar seu comentário.

      Responder
  14. Ana Lucia

    posso gerar um pro labore somente sobre
    um salario minimo? só quero que seja em cima (teto) salario minimo.

    Responder
    • Granatum

      Claro Ana Lúcia!

      Só vale lembrar que, se existir alguma retirada complementar (ex: divisão de lucros) você deve ser considerar na apuração dos custos.

      Obrigado por acompanhar nosso blog e enviar seu comentário!

      Responder
  15. Ieda

    Boa Tarde estou com uma duvida, estou com uma empresa de pequeno porte, Laboratorio Dentario os socios pediram a retirada de pro-labore neste caso faço a retirada conforme as atividedes que os mesmos executam na empresa.

    Responder
  16. Felipe

    Um dos problemas do pró-labore, é que é necessário pagar impostos trabalhistas na retirada deste valor pelo sócio. Já na distribuição de lucros não, não existe tributação do valor distribuído ao sócio. Existe alguma forma dos impostos trabalhistas não reincidirem sobre o pró-labore?

    Grato!

    Responder
    • Flavio Logullo

      Ola Felipe,

      Realmente, ao declarar um pró-labore, deverão serem pagos 11% de INSS e IRPF de acordo com a mesma tabela dos funcionários da empresa (veja a tabela aqui).

      São encargos trabalhistas que devem ser considerados, principalmente, no momento em que você for apurar os custos da sua empresa.

      Como comentei anteriormente, são as regras do jogo.

      Muito obrigado por acompanhar nosso blog e enviar seu comentário!

      Responder
  17. Ricardo

    Boa noite,
    Adorei, pois tenho uma pequena empresa e não tinha essa visão já que atuo como um oficial estou sempre na rua e participando ativamente de todo trabalho ficou mas fácil fazer essa divisão.

    Responder
  18. Everaldo de Souza Santos

    Se na elaboração do projeto a empresa considerar todas as despesas necessárias para sua execução (incluindo o pro-labore), a decisão do sócio não recebê-lo de acordo a previsão, poderá até gerar economia de imposto de renda da pessoa física e o lucro não será prejudicado. Isto vai depender do regime utilizado pela empresa – Lucro real ou lucro presumido. Espero que eu não esteja enganado.

    Responder
  19. CARLOS BUSTAMANTE

    A grafia correta é “pro labore”, sem acento agudo e sem hífen.
    Carlos Bustamante
    Advogado/pedagogo

    Responder
    • Flavio Logullo

      Olá Carlos,

      De fato a grafia em latim é “pro labore”, porém, este é um dos casos de expressões que foram aportuguesadas, sendo assim, ambas as formas estão corretas segundo nosso dicionário.

      Obrigado pelo feedback e continue enviando seus comentários!

      Responder
  20. Frederico Augusto

    E no caso de uma empresa que está começando, pequena, que ainda não gera caixa, seria adequado definir pró-labore também? Neste caso não seria melhor esperar a empresa “dar dinheiro” para poder pagar o pró-labore? Se eu definir já sei que não poderei pagar nos primeiros meses (tenho outra receita para me manter). Ainda assim é vantagem definir?

    Responder
    • Flavio Logullo

      Olá Frederico,

      Principalmente em uma empresa que está começando!

      O Everaldo fez uma colocação muito pertinente no comentário mais abaixo.

      Mesmo que você abra mão de receber este valor, é importante definir o valor para:

      • – Cobrar o valor correto do que será vendido
      • – Saber quanto será investido

      Muito obrigado pelo seu comentário!

      Responder
  21. Renan Marculan

    Excelente post! Na verdade, é bem comum estas retiradas eventuais, muitas vezes pagando contas pessoais através das contas bancarias da empresa. Então quando o sócio acha que tira uns 1,5 mil reais, esta gastando 3 ou 4 mil ao mês sem nem contabilizar.
    Para uma empresa funcionar bem financeiramente, é necessário que os sócios tenham nao só a contabilidade gerencial em dia, mas uma pessoal também formatada para que haja a correta interpretação da importância de lidar com finanças.
    Na nossa empresa isso era bem comum, porém desde que assumi coloquei que isso deveria mudar e aos poucos estamos conseguindo, principalmente pelo que o Granatum ajudou a enxergar.
    Eu gostaria muito de ver um post analisando alguns modelos para pequenas empresas fazerem a distribuição de lucros, pois como diz o post, é a segunda maneira de haver um valor de repasse aos proprietários do negócio e com isso se torna tão importante quanto a questão do pró-labore.

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    • Flavio Logullo

      Perfeito Renan!

      O perigo está justamente nesta falta de controle.

      Um ponto muito interessante na sua observação é que, existem estudos que mostram que se a “pessoa física” do sócio é descontrolada em relação as finanças, as chances de existir um descontrole financeiro na empresa aumentam em muito.

      Saber que o Granatum ajudou sua empresa é muito gratificante!

      Acho que este assunto vai render artigos muito interessantes. =)

      Obrigado por acompanhar nosso blog e enviar seu comentário.

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  22. Oswaldo

    Boa matéria, você poderia acrescentar que além da vantagem do prolabore o sócio também passa a contribuir ao INSS para sua aposentadoria mesmo que seja baixo o teto de recebimento nunca sabemos em que momento da vida vamos precisar.

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    • Flavio Logullo

      Muito bem observado Oswaldo!

      “mesmo que seja baixo o teto de recebimento nunca sabemos em que momento da vida vamos precisar.”

      Obrigado por enviar seu comentário!

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  23. Ricardo

    Retirar prolabore = pagar INSS = QUEIMAR DINHEIRO – IPSIS LITERIS!!
    A unica situacao que pode ter vabtagem é quando esta no lucro real (precisa simular)ou quando ja esta em vias de obter o beneficio da aaposentadoria.
    Enganar a empresa??. O cara deve trabalhar para o governo! Kkkkkkk

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    • Flavio Logullo

      Olá Ricardo,

      De fato, quando declarado um valor para o pró-labore, o sócio passa a contribuir com o INSS. Essa é a regra do Jogo. Quando um sócio passa a constituir uma empresa, ele automaticamente está aceitando as condições.

      Só para esclarecimento, a contribuição para o INSS (ou Instituto Nacional do Seguro Social) é referente a um futuro pagamento de aposentadoria para o próprio sócio. Diferente de outros encargos existentes em uma empresa, de alguma forma este valor voltará para o sócio.

      Se o INSS é um fundo confiável ou se o percentual de contribuição é muito alto, é um assunto a ser debatido e reivindicado com o próprio governo.

      Não trabalho para o governo e também não concordo com a carga tributária excessiva, principalmente sobre as notas fiscais mas, este é um outro debate e não justifica uma conduta na qual a empresa mascare os custos.

      Obrigado por acompanhar nosso blog e enviar seu comentário.

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      • Roberto Novello Jr

        No que diz respeito à contribuição previdenciária, não há melhor investimento do que contribuir com o máximo para o INSS; comparado aos demais investimentos de renda fixa, O valor necessário a ser acumulado com aportes mensais pelo mesmo valor de recolhimento do teto do INSS e diferido pela expectativa de sobrevida no momento das retiuradas, exigiria taxas de retorno altíssimas. Comparado ao VGBL a vantagem também é muito grande.

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      • Gilvan

        É preciso muito cuidado ao afirmar que é um ERRO não definir um pró-labore adequado. Imagine um consultor de engenharia, sócio 99% e administrador da sua empresa (algo bem comum). No regime lucro presumido, todo o saldo restante após o pagamento de impostos poderia ser retirado como lucros, após o balanço contábil.

        Poderia definir um pró-labore simbólico e nos últimos anos antes de se aposentar elevar esse valor para fins de melhorar a aposentadoria do INSS, ou melhor, investir num bom plano de aposentadoria e juntamente um ótimo seguro de vida. Tudo isso gastando menos do que o desconto extratosférico do INSS.

        Além disso, não há nem comparação o imposto de renda que ele teria que pagar. Na retirada de lucros é 4,8%, enquanto que pelo pró-labore pagaria a tabela progressiva até 27%.

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