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Quem começa a empreender passa a ser atingido por todos os lados por expressões que antes nem dava a mínima. Fala sério: quantas vezes você ouviu falar em capital de giro e nunca nem se ligou no que isso significava?

Como quase todos os conceitos financeiros empresariais, o capital de giro pode ter um paralelo na nossas finanças pessoais. Quer ver só?

Inspirado na Marie Kondo, decidi me desfazer de várias coisas que já não me traziam alegria. Então vendi alguns itens a um preço camarada e guardei o dinheiro. Alguns meses depois, porém, usei essa quantia para pagar, junto com meu salário, a fatura do meu cartão de crédito.

Com o capital de giro é a mesma coisa. Como assim? Calma, eu explico.

Como calcular o capital de giro

Quer um resumo? Já falamos aqui no blog, mas o capital de giro é a soma das contas a receber com os recursos disponíveis em caixa MENOS a soma das despesas e contas a pagar. Visualize no gráfico abaixo:

capital de giro

Voltando ao meu paralelo, vamos imaginar um mundo em que minhas únicas despesas sejam meu cartão de crédito e minha fatura de luz (pausa para suspirar com deleite a essa realidade alternativa).

O dinheiro da venda dos itens que me desfiz é um recurso disponível em caixa. O meu salário é uma conta a receber. Nessa realidade meu salário cobriria minhas despesas (mais uma pausa).

Então, digamos que em junho eu tenha realizado uma compra parcelada que aumentou significativamente minha fatura cartão de crédito e meu salário já não seria suficiente para cobrir todas as minhas despesas. Por isso, peguei o dinheiro que tinha guardado para complementar meu salário e pagar minhas contas.

Em uma empresa, as coisas são bem parecidas: todos os meses o dinheiro que entra serve para pagar as despesas. Contudo, se você, por exemplo, oferece um bem ou serviço a prazo, o dinheiro só será pago depois pelo cliente, necessitando que se recorra ao que se tem em caixa para pagar as contas com os fornecedores.

Na prática

Antes de mais nada, é importante se atentar ao ciclo do capital de giro, ou seja, o período que a sua empresa leva entre comprar dos seus fornecedores e receber dos seus clientes.

Para uma gestão eficiente, a melhor prática é que o período do recebimento dos clientes, ou seja, o dinheiro que entra no caixa, seja menor do que o período do pagamento dos fornecedores.

Só que como nem sempre isso é possível, fica necessário recorrer ao dinheiro em caixa para honrar com as despesas. Aí que entra o capital de giro, use-o com responsabilidade.

Nossa dica é a de ficar atento no ciclo de pagamentos: quando o dinheiro entra em caixa, e quando ele sai. Pois para ser eficiente, o controle financeiro deve ser acompanhado de perto.

Por isso é importantíssimo calcular o valor necessário e manter essa reserva para evitar grandes frustrações.

A boa gestão, porém, não recorre a este fundo.

Ao invés disso, faz cortes, tem disciplina de controle financeiro, negocia com fornecedores para aumentar o prazo de pagamento e oferece condições especiais para que os clientes paguem à vista.

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