Muito se ouve falar a respeito da taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia).
Constantemente, ela figura nos principais jornais brasileiros, e muito se discute sobre o assunto a cada nova reunião do COPOM – Comitê de Política Monetária, órgão responsável pela taxação da SELIC.
Mas, você sabe o que é a SELIC e como ela pode influenciar sua empresa?
Em linhas gerais a SELIC é a taxa básica de juros paga pelo Governo Federal aos títulos que ele emite no mercado para captar recursos financeiros dele. Estes títulos têm uma ótima atratividade por aliar um risco de calote teoricamente zero, e no caso do Brasil, uma ótima taxa de juros (12,75% – 06/2011).
Então, devemos pontuar que normalmente o mercado produtivo precisa de crédito para lubrificar suas engrenagens, investir e continuar fazendo a roda da economia girar e gerar riquezas para o país.
Quem financia este crescimento por meio da liberação de créditos são as instituições financeiras – os bancos, que também devemos lembrar, têm como finalidade gerar lucro para seus acionistas e, por conta disto, estão atrás de oportunidade de negócios que rendam em primeiro lugar: o maior lucro possível, e em segundo: o menor risco possível.
Para que uma instituição financeira ofereça crédito ao mercado, a promessa de juros tem que ser maior que a taxa paga pelo Governo (como no caso dos financiamentos de veículos) ou possuir um baixo risco de calote (empréstimo consignado a aposentados).
Então, caso os bancos não consigam vislumbrar um destes motivos no mercado, ele optará por investir em títulos do governo, e isso trará um efeito cascata na economia que atingirá o consumidor e as empresas.
Digamos que o COPOM resolva subir a SELIC para 20%. Automaticamente os bancos irão fixar sua taxa de juros para financiamento de equipamentos pesados acima da taxa SELIC, digamos em 23%.
Isso acontece porque o lucro deve compensar o risco de calote e, como vimos acima, investindo em títulos do governo o banco teria 20% de lucro, com risco zero. Logo, para ele lançar crédito para o mercado produtivo, a promessa de lucro deve ser maior do que a oferecida pelo governo.
O problema gerado com isso é que a alta taxa de juros provavelmente inviabilizaria que a empresa comprasse o equipamento, pois a taxa de juros do financiamento iria consumir todo o lucro que o equipamento produziria para a empresa.
Quando uma empresa deixa de investir, automaticamente ela para de gerar emprego, o que faz com que menos pessoas tenham poder de consumo. Sem dinheiro para consumir, seu cliente não compra mais na sua empresa.
Então, mesmo que seu empreendimento não precise de financiamento nem planeje comprar títulos do governo, sua loja poderá se esvaziar simplesmente porque a taxa SELIC tornou-se mais atrativa para os bancos investirem seu dinheiro no governo do que no mercado produtivo.
Por isso os setores produtivos defendem uma diminuição da taxa SELIC para que os títulos do governo se tornem menos atrativos, obrigando os bancos a investirem mais nos setores produtivos.
Isso faz com que a circulação de dinheiro aumente e as pessoas consumam mais. O COPOM defende que a diminuição agressiva da SELIC poderá trazer para o país o pesadelo da inflação (tópico que veremos em breve aqui no Blog do Granatum).
E assim a SELIC influencia a vida de qualquer empresa e pessoa que viva no Brasil, seja de forma direta ou indireta. Por conta deste fator macroeconômico, em que a empresa não possui nenhuma influência, é extremamente importante que sua empresa tenha conhecimento sobre a sua situação financeira atual e futura para poder se adpatar o mais rápido possível as mudanças do ambiente econnômico.
E você pode levar isso para sua empresa utilizando os diversos tipos de relatórios e metas que o Granatum oferece. Cadastre-se gratuitamente e teste.
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