Planejando um e-commerce? Não se surpreenda se você se deparar logo logo com um pedido de chargeback. “Charge-o-quê???” Se tem uma coisa que a gente gosta de importar são os termos norte-americanos, mas a gente explica o que é chargeback, como ele funciona e como se prevenir com dicas simples!
Mas o que é chargeback?
Podem parecer termos similares, mas o chargeback não tem NADA a ver com o cashback, modalidade muito utilizada por grandes empresas de varejo em suas lojas virtuais. Nesse caso, um crédito é dado ao consumidor pelo próprio estabelecimento, depois de efetuada a compra.
O chargeback acontece quando um portador de crédito ou débito contesta um pagamento ao banco emissor. Geralmente acontece quando o portador do cartão identifica uma movimentação suspeita no cartão, ou quando há uma divergência entre o produto anunciado e o que foi efetivamente vendido.
É um procedimento recorrente e de fácil solicitação, o que significa que fraudes acontecem com relativa frequência. Especialmente por conta do boom dos e-commerces dos últimos anos.
Ao final do artigo a gente te explica como se prevenir de fraudes desse tipo.
Qual a finalidade do chargeback?
Agora que você já sabe o que é chargeback, ele existe com a premissa de proteger o consumidor. Isto é, efetivamente, no caso de cartões clonados, por exemplo, ou em casos de vendas que não respeitam as regulamentações determinadas pela operadora de crédito.
Com a popularização da internet e, principalmente, a maior confiança do público em compras online, o chargeback não é mais só uma ferramenta de segurança, mas também uma baita de dor de cabeça para os empreendedores.
Isso porque tem muita gente que utiliza esse meio para fraudar operações de crédito. Ou seja, reembolsam o dinheiro de produtos e serviços que realmente compraram.
Além disso, a “conta” do chargeback cai no colo do empreendedor. Isso pois, mesmo em caso justificáveis, existem custos envolvidos com a logística reversa, estorno e até mesmo perda do produto.
E não para por aí não! Empresas de crédito e bancos podem aplicar multas a negócios com altas taxas de chargeback. Por isso, é prudente que o negócio esteja preparado.
Como o chargeback funciona?
Saindo do que é o chargeback para colocá-lo na prática. Como falamos anteriormente, ele é uma ferramenta de segurança. Portanto, deixando de lado o perigo da fraude, ele pode ocorrer em situações totalmente justificáveis. Por exemplo:
Com o aumento dos índices das vendas de cartão de crédito no Brasil, é fundamental saber prevenir erros que possam impactar na saúde financeira de sua empresa.
Neste sentido, listamos abaixo alguns dos motivos principais que resultam em chargeback:
- Extravios: dificuldades com entregas de produtos
- Avarias: produtos entregues com defeito
- Compras não autorizadas: bloqueio de pagamentos por suspeita de fraudes
- Pagamentos ou dados em duplicidade
- Erro de processamento bancário por falha de sistema das administradoras
O processo para solicitar um chargeback, como falamos anteriormente, é simples. Basta o titular do cartão entrar em contato com a operadora. Cabe a ela analisar o pedido que, se aceito, resulta em estorno do valor da compra.
O risco de fraudes, porém, aumenta pelo fato de que o consumidor tem um prazo de até 180 dias para iniciar esse processo. No caso de compra parcelada, esse prazo começa a contar depois do pagamento da última parcela, sendo que pode ser aberto antes.
Como se prevenir?
Existem formas de se proteger dos chargebacks. A primeira é ter controle total das movimentações do estoque da sua empresa e dos dados do cliente.
Ao receber uma notificação de chargeback, o ideal é localizar o pedido e suas especificações. Como esse pedido pode ser feito muito tempo depois da contestação, a organização é imprescindível.
Depois, tente entrar em contato com o cliente para encontrar uma solução. Desta forma você consegue manter o cliente e o prejuízo é amenizado.
No caso de suspeita de fraude, então, a organização é mais do que primordial. Você vai precisar se munir de todas as informações possíveis sobre a compra. Quanto mais dados, maiores as chances do valor não ser estornado para o seu cliente.
É sempre prudente também realizar uma vistoria dos pedidos. Verifique se, no caso de já ter ocorrido alguma fraude, se não há novos pedidos para o mesmo endereço ou cliente. Outra recomendação é somente aceitar pagamentos no cartão de crédito se os dados do titular do cartão forem iguais ao do cadastro do cliente, principalmente nos pedidos de valores altos.
Se manter tudo organizado, documentado, a chance de você conhecer o que é chargeback na prática é cada vez menor.
E aí? Gostou desse conteúdo sobre o que é chargeback? Continue ligado no nosso blog que sempre temos conteúdo para quem quer empreender. Deixe o seu comentário e/ou sua sugestão. Bons negócios!
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